Navas e o dia em que o trabalhador foi patrão

Um jogo que nos prendeu até ao último minuto. Em campo estiveram duas equipas distintas, o Real Madrid C.F. oportunista, demasiado aflitivo...

Um jogo que nos prendeu até ao último minuto. Em campo estiveram duas equipas distintas, o Real Madrid C.F. oportunista, demasiado aflitivo, contra um FC Bayern München autoritário e confiante. No fim, um amargo empate com contornos de derrota, um verdadeiro soco no estômago. Ou um empate com sabor a vitória e dever cumprido. Tudo depende da cor do coração.

Para quem apenas gosta de futebol, ficou para trás a melhor equipa. Quem jogou melhor futebol. Mas quem esbarrou no Muro de Madrid.



O jogo fez questão de mostrar que, para além do talento, tem também o seu quê de (in)felicidade. Numa noite de céu estrelado, houve alguém que brilhou mais alto. Do outro lado, o deslize de Ulreich, um desacerto na decisão que descoordenou um corpo. Uma queda que acabou em golo. Um golo que ditou a eliminação. O Bayern perdeu o comboio ao chegar atrasado para o 2º tempo e o bilhete foi parar ao colo merengue.

Keylor Navas, que até tinha tremido frente à Juve, brilhou e de que maneira esta noite! Uma exibição portentosa do Keeper que defendeu o certo, o incerto e o impossível. Mergulhou, voou e agarrou um clube que, apesar de gigante, tiritava como os pequenos.

E lá segue o destino, na noite em que Benzema faz os dois golos madrilenos. É que, às vezes, jogar não chega! Isto também tem o seu quê de fortuna ou azar.

O comboio da final parte novamente de Madrid! A 3ª seguida. A 4ª nos últimos 5 anos.

Impressionante e abençoado.

Tiago

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