Benfica Bayern Ajax Cruyff Eusébio Beckenbauer
A cartada, o gole e o golo!
13:27:00Benfica, Ajax e Bayern, um grupo de históricos que a Champions juntou. Dá para imaginar, Eusébio e Cruyff reunidos algures por aí, entre a cartada e a cigarrilha, puxando do golo e do gole enquanto olham para os seus amores na esgrima dos milhões.
Na Baviera ainda resiste o Kaiser, a elegância dos relvados, o senhor de Munique, a Beckenbauer ainda se vê o pulso dos nervos quando a bola rola. Deste grupo do passado, não é só em Beckenbauer que se vê o brilho de outrora. O Mundo tratou de eleger a sua própria elite, e os campeões do passado, Benfica e Ajax, sempre grandes no seu país, já não são na Europa o que Eusébio e Cruyff contaram.
Lá fora no bar, paga o Cruyff! A fava é dele, o seu Ajax vai a Munique… O Holandês puxa a manilha de ouros enquanto diz, “no meu tempo”… a algazarra no bar é imensa, é dia de anos do espanhol Fernandez e a desbunda é geral, ouvem-se olés e a tv sintoniza em Madrid. Os dois comparsas não querem saber dos colchoneros, a noite é deles também e Cruyff lembra 73. Diz ao King que foi tricampeão europeu no Ajax, pautou a história como nenhum outro europeu o fizera, e antes de enlouquecer a Catalunha com o seu perfume, humilhou o Bayern sedento de glória.
“Eles eram um clube novo, quando tu já eras velho Eusébio. A Alemanha eram eles, tinham o Maier, o Breitner, o Gerd que lutava às botas contigo e claro o Frank. Mas nós King, éramos bicampeões europeus, éramos a tulipa da Europa, e naquela noite fomos imparáveis.” O Holandês saca a foto do jornal, já não importava o que Eusébio cortava. Perdiam-se os setes, recordavam-se os quatros.
“Ganhámos por 4-0, e naquela noite o Bayern, quis mas ruiu perante um colosso”. Eusébio sorriu no seu jeito, lembrava-se dos miúdos, mas na voz rouca e ingénua de África ao desembrulhar o tremoço disse, “devias ter vindo para Lisboa”.
Assim é o grupo do Benfica, pródigo em histórias e em contos, um grupo onde o relvado revive o passado mas onde só o bélico poder alemão mantém intactos sonhos “fáceis” de acreditar.
Bruno
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