Uma visão pessoal do episódio Carrilo

O caso Carrilo é um dos maiores bate papos dos últimos tempos. O Sporting do alto da sua autoridade prepara-se para secar o jogador, deixar...

O caso Carrilo é um dos maiores bate papos dos últimos tempos. O Sporting do alto da sua autoridade prepara-se para secar o jogador, deixar aquele que prometia ser um dos seus alicerces na nova época como castigo pela não renovação. 

Devo confessar que nunca achei Carrilo um portento, e que a opinião de muitos que ali estava um craque estava longe da realidade, via sim um jogador com enorme potencial, rápido, boa técnica e fisicamente forte, um jogador que podia explodir a qualquer momento, mas que sozinho não o conseguiu fazer nem levar a equipa a outro patamar, afinal é esse o destino dos craques, mas apesar de tudo foi uma excelente aquisição do spc em 2011 por pouco mais de 1M de euros. Com a chegada de Jesus acreditei que estava ali o treinador necessário para potenciar o peruano, e os primeiros jogos da época deram a entender que o jogador era o grande desequilibrador da equipa mas a eliminação da champions e a recusa da renovação poderá ter acelerado o afastamento do extremo das opções.  
O mais grave na situação é a constatação que esse afastamento não se deve a opções técnicas, mas sim directivas, dizem as vozes leoninas que o jogador recusa a renovação há ano e meio como se fosse um ultraje um jogador recusar novo contrato e merecer um castigo exemplar por tamanha afronta! Estranho mundo este directivo, onde não há liberdade de pensamento e de escolhas, o desânimo sportinguista pela incapacidade de ter potenciado um talento é gritante, e no meu ponto de vista é um erro estratégico. Tanto o jogador tem direito a dizer não, como o clube tem o direito a não oferecer o que o jogador quer, mas a posição de virgem ofendida do clube com a posição tomada pretende ser uma demonstração de força que mais não é que um espelho de fraqueza. 
A consciência que Carrilo não renova já devia estar presente, mas isso não invalida que o clube tire o maior rendimento possível do jogador até ao final do contracto. Com ele o Sporting estava mais forte e não havia a tensão em volta da equipa que agora se regista. O Sporting sem perceber está a criar um drama com a saída do peruano, quando o devia aproveitar ao máximo, perde carrilo mas haverá mais, mas para já não são Gelson, nem Matheus Pereira, com carrilo estavam um passo mais perto do título, um passo mais perto de terem força e serem respeitados, Gelson e matheus não teriam de crescer depressa, na próxima época estariam mais prontos, com bons resultados desportivos mais facilmente se atraia melhores jogadores caso fosse necessário. 

Os sportinguistas dirão que não são caso único e q cá os outros grandes fazem o mesmo, os casos de Feher (porto) e Maniche (Benfica) vêem-me logo à cabeça, mas isso não invalida que estejam certos. Outra postura, outra mentalidade é precisa, veja-se o caso do Dortmund com Lewandoski, que andou a jogar meses com toda a gente a saber que assinou pelo Bayern. Há que aprender com os melhores, crescer e saber que não se pode ganhar sempre, com tiros nos pés não há Jesus que valha! 



BrunoAFNunes

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