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julho 2017 - A gola do Cantona

Escreveu o grandioso Luís Vaz de Camões, n`Os Lusíadas, que um dia 12 damas inglesas terão desafiado nobres cavaleiros a lutarem pela defesa...

Escreveu o grandioso Luís Vaz de Camões, n`Os Lusíadas, que um dia 12 damas inglesas terão desafiado nobres cavaleiros a lutarem pela defesa da sua honra. Então coube a Álvaro Gonçalves Coutinho - conhecido como O Magriço - e a mais 11 cavaleiros portugueses, tal responsabilidade, em pleno solo inglês. Ora, uns bons séculos depois e sem quaisquer dúvidas da sua veracidade, a história lusitana, repleta de bravura, repetia-se. E lá foram os Magriços, agora do brasileiro Otto Glória. Podíamos começar por falar de quem éramos em 1966, de como estávamos ou do quão difícil seria ouvir o...

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Começamos por parabenizar o paraguaio pelos 52 anos de vida. Para trás ficou uma carreira louca, recheada de golos - marcados e sofridos. Jo...

Começamos por parabenizar o paraguaio pelos 52 anos de vida. Para trás ficou uma carreira louca, recheada de golos - marcados e sofridos. José Luís Chilavert foi, nem mais nem menos, um louco no mundo dos irreverentes. O início: Do Paraguai para o San Lorenzo e a compra dos adeptos! Começou no Sport Luqueño, passou pelo Guarani - onde se viria a sagrar campeão paraguaio de 84 - e logo chegou ao país das pampas, para jogar no San lorenzo de Almagro. Reza a história que o seu empréstimo converteu-se em definitivo após um esforço dos adeptos para...

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Há 20 anos o Celtic contratava um promissor avançado sueco aos holandeses do Feyernoord . Na sua carta de apresentação vinham golos e um...

Há 20 anos o Celtic contratava um promissor avançado sueco aos holandeses do Feyernoord. Na sua carta de apresentação vinham golos e um talento que ultrapassava o mero gesto técnico final. Rompia com o rótulo de jogador nórdico: era técnico, ágil, móvel e a sua relação com a bola deveras interessante. Jogava preferencialmente pelo chão, mas, quando preciso, mostrava como se fazia lá em cima. Era sangue quente e irreverente misturado com a típica frieza nórdica - o pai era cabo verdiano, talvez isso ajudasse a perceber muita coisa. Tinha futebol no corpo. Mas nem tudo foi fácil...

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Sobre o dia 16 de Julho de 1950, Nelson Rodrigues escreveu o seguinte: "Todo o país tem a sua desgraça, algo do género de Hiroshima,...

Sobre o dia 16 de Julho de 1950, Nelson Rodrigues escreveu o seguinte: "Todo o país tem a sua desgraça, algo do género de Hiroshima, por exemplo. A nossa catástrofe, a nossa Hiroshima, foi a derrota aos pés do Uruguai, em 1950" Nesse dia, o mítico Maracanã recebeu perto de 200 mil pessoas (173.850 números oficiais), decidia-se o Mundial de 1950 (num formato bem diferente do que agora estamos habituados) e a última jornada ditava que ao anfitrião e demolidor Brasil bastava um empate frente ao Uruguai. Mas as goleadas impostas à Suécia (7-1) e Espanha (6-1) de...

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Naquele dia a bola não foi o ópio do povo, a equipa perdeu, o público vaiou e o estádio diminuiu. O país, outrora grande, achou-se pequeno...

Naquele dia a bola não foi o ópio do povo, a equipa perdeu, o público vaiou e o estádio diminuiu. O país, outrora grande, achou-se pequeno. O jogador, o herói de tantos anos, virou o maior vilão de toda uma vida. Para todos, aquilo resumia a história: nasceram para viver aquele fracasso. O inferno tinha descido à Terra e Deus deixava de ser brasileiro. O samba perdeu o ritmo e o pé o seu chinelo. A lágrima misturava-se com a raiva e a vergonha do mundo era descomunal. O todo poderoso Brasil, na sua casa, tinha sido esmagado...

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