Com o Porto parece fácil. Há apostas arriscadas, avultadas e perigosas, há miúdos que se fazem homens, homens que se fazem jogadores e jogadores que se fazem estrelas. No Dragão planta-se talento e colhem-se milhões. O clube sabe regá-los com vitórias e mostrá-los numa montra europeia reconhecedora do seu valor. Depois, é tudo uma questão de tempo. Desde Paulo Ferreira a Pepe, passando por Hulk, Falcão e acabando em Danilo e Jackson, o Porto encaixa milhões. Neste defeso houve mais uma aposta forte dos dragões mas as receitas ascendem, com a confirmadíssima venda de Alex Sandro para a Juve, aos 100 milhões. Sim, é verdade. Podem dizer que esses 100 milhões são fictícios, porque os empresários levam uns tantos, os direitos de formação obrigam à entrega de um x e os fundos ficam com y. O que é certo é que 100 milhões são desembolsados por clubes famintos pelo talento portista.

Pinto da Costa sempre foi um mestre das vendas, uma figura intransponível na mesa negocial. Vender nunca foi um problema por estas bandas. Já o reforço, esse é contínuo é alicerçado na valorização astronómica dos que partem. O Porto vira equipa de eleição para o (re)lançar carreiras, para o aparecimento de pequenos grandes génios de todo o mundo. O assédio dos tubarões europeus é um dado adquirido para quem joga no Porto. É uma bela sujeição, faz parte.

Num mundo cada vez mais louco e em crise, Pinto da Costa cedo deixou uma mensagem aos clubes compradores: aqui pagam o que o Porto quer, não o que querem pagar.

Fiquem com uma lista das últimas vendas do FC Porto desde 2004, um ano depois de Jose Mourinho ter ganho a UEFA Europa League e ano da fantástica conquista da UEFA Champions League, também sob a batuta do milagreiro treinador português. Esta lista ainda não tem as últimas vendas, mas pode-se ter uma ideia de que o somatório dos montantes ganhos caminha a passos largos para os 700 milhões de Euros! Impressionante.