Foi há  4 anos que o lendário Glasgow Rangers mergulhou num escandaloso fim. A situação financeira estava insustentável e a viabilidade do clube não existia. Já não interessava marcar golo ou correr mais do que os outros, o coração do clube tinha parado por causa do maldito e avultado passivo. O quarto escalão seria o chão em que todos os sonhos de outrora se estatelariam. O Ibrox Stadium chorou a maior derrota de sempre.

Foram dias de luto, em que uma parte de muitos se perdeu. Mas, como em tudo na vida, há sempre uma lição a tirar, um lado positivo para ver e um amor que guardamos.

"O Rangers desceu, o povo ficou" - foi em 2012, após o anunciado adeus, que os fervorosos adeptos mostraram que o amor não tem vergonha. No regresso, num jogo da quarta divisão, estiveram uns impressionantes 50 mil nas bancadas. A prova de que o "para sempre" existe.

Agora, fruto do árduo e humilde trabalho desenvolvido, o Rangers FC - a reencarnação do clube - de cara lavada e coração novo, está de volta. Foi um trajecto quase imaculado, onde apenas o Championship do ano passado travou a ascensão perfeita. Esta semana garantiram a promoção e o regresso aos grandes palcos, às grandes noites e a todas as emoções.


Na Escócia vivem-se dias de alegria: o Rangers está de regresso a um futebol cada vez mais triste.

Depois de 54 campeonatos, 33 Taças da Escócia e 1 Taça das Taças, eis o Rangers, com a identidade de 1872 (ano da sua fundação) e a humildade de 2012 (data do seu ressurgimento).

O Old Firm  regressa e o Celtic que se cuide. Os rapazes estão de volta!