Na caminhada rumo ao triunfo, o destaque é claro: uma equipa unida, coesa e compacta. Sofreu um golo em todo o torneio, o de hoje, na final, diante da vizinha Espanha. Tirando isso, fomos exemplarmente competentes na manobra defensiva. Se Dalot dá uma disponibilidade física fascinante, traduzida em golos, Vinagre tem fino recorte técnico. Os centrais entendem-se na perfeição, entre si e com o seu guarda-redes. O quarteto recuado transpirou harmonia e solidez, meio caminho andado para o sucesso. Depois, lá na frente, houve golo e muita entrega. José Gomes foi a ponta da nossa lança e o melhor marcador da competição. 7 dos nossos 15 golos tiveram a sua assinatura! Tem faro e entrega,características muito apreciadas num atacante.

Mas, permitam-nos, o segredo desta equipa residiu nas peças chave do nosso meio campo: Florentino, Gedson e Quina. Três jogadores fortes fisicamente, poderosos e rápidos. Mas não foram apenas estas as características que nos levaram à final, temos de salientar e acrescentar sim o critério de passe, visão de jogo e criatividade. Com eles parecíamos sempre mais, em maior número, com mais espaço, qualidade e em segurança. Claro que Dju e João Filipe foram desequilibradores e abre-latas, mas foi no nosso meio que esteve a virtude. 

Hélio está de parabéns, soube perceber o que precisávamos e jogar com o que temos. Que é muito, por sinal. O melhor que a Europa tem.

Parabéns, rapaziada. Somos um país pequeno em tamanho, mas enorme em talento. Hoje, por causa de vocês, somos orgulho.