Corria o ano de 2014/2015 e após a eliminação do Mónaco para a liga dos campeões eis o seguinte:

Jean-Luc Ettori, um histórico do Mónaco, em entrevista à France Football, criticou o desempenho
de João Moutinho, após a eliminação na Liga dos Campeões, frente à Juventus. Na opinião do antigo guarda-redes o internacional português é um jogador simples que não faz nada de transcendente. "Kondogbia não pode fazer tudo. Moutinho? Penso que não está à altura da sua reputação. Não traz grande coisa à equipa. Mesmo nada de especial... Não compromete mas também não faz nada de transcendente. Quando olhamos para Pirlo…faz passes decisivos, está lá, luta e causa temor aos adversários quando a bola chega aos seus pés. Moutinho quando tem a bola, não mete medo a ninguém…”, afirmou Ettori à "France Football"

Jean-Luc extravasa com as capacidade de preencher o campo de Kondogbia (capacidade física) mas não entende a importância de no momento de recuperação ter alguém com inteligência critério, pausa e qualidade técnica para continuar o jogo. João Moutinho, para além de recuperar muitas bolas, ocupar bem o espaço e ser muito combativo tem uma leitura de jogo e um entendimento dos momentos acima da média. Não reconhecer estes méritos é na minha opinião perceber pouco de futebol.

Por isso lanço um desafio ao Jean-Luc: Assistir a uma corrida de galgos e a um jogo de xadrez e depois meter os galgos a jogar xadrez e o jogador de xadrez a fazer 120m atrás de uma lebre.
Com certeza que vai achar que o xadrezista não mete medo à lebre e que o galgo não sabe jogar xadrez, não conseguindo algo que vá para lá de um mero movimentar de peças. 
No final de contas,  talvez Jean-Luc não queira que a sua equipa jogue xadrez com 11 galgos nem tenha 11 xadrezistas a correr atrás de lebres. Talvez se necessite, numa equipa, de jogadores diferentes.

«A jogada não tem início quando a bola chega aos meus pés. Começa no momento em que o João [Moutinho] roubou a bola aos franceses. Estava com dois adversários em cima e foi um gigante. Ganhou na raça e depois tabelou com o Quaresma e com o William. Depois, quando a bola veio para mim, só tive um pensamento: vou pegar nela e vou em direção à baliza.»