Paços Ferreira - Sporting: Leão agarrado à liderança!

A deslocação à Mata Real era o osso duro de roer da jornada dos grandes. Num campo sempre difícil, onde a história traz à memória pontos pe...

A deslocação à Mata Real era o osso duro de roer da jornada dos grandes. Num campo sempre difícil, onde a história traz à memória pontos perdidos e até mesmo resultados embaraçosos, o Sporting entrou ciente da importância do jogo, dos pontos e da vitória. O Benfica tinha ganho na Luz, ao Arouca, e liderava a Liga, ainda que provisoriamente. A pressão era muito e a expectativa imensa.

Com a equipa modelo em campo, assente num meio campo forte e compacto, o Sporting geriu, controlou e dominou um Paços contido, encolhido e inconsequente. As oportunidades essas, eram todas leoninas e foram aparecendo com a confiança que o jogo dava. O golo de Bruno César, ainda na primeira parte, trouxe maior tranquilidade aos pupilos de Jesus. Tudo corria na perfeição. No segundo tempo, mais do mesmo, uma vontade enorme de matar o jogo e uma personalidade tão vincada quanto superior. 

Foto: Lusa

A bola sempre foi verde e Slimani, após ter assistido para o primeiro, fez o segundo. O golo tranquilizava o adepto mais nervoso e abria as portas da vitória aos leões. Todavia, Bruno Moreira (ele que já leva 12 golos marcados no campeonato) marcou a 10 minutos do fim, quando todos pensavam (e bem) que o Paços estava entregue. Um cabeceamento certeiro e colocado que voltava a colocar os castores em jogo e a incerteza no resultado. 

Mas, se o Sporting de outros anos podia tremer, este não. O leão está adulto e obcecado pelo topo. Numa resposta praticamente instantânea e após um belo lance de João Mário, Slimani (novamente ele) encostou no sítio certo, em tempo oportuno. Uma vitória por 3-1 de um Sporting maduro quanto baste para chegar e vencer, enquanto o Paços sentia que perdeu um jogo que praticamente não disputou.

O positivo: a forma como o Sporting encarou o jogo. O sentido de responsabilidade que a equipa leonina teve. Um meio campo criativo mas unido, junto e compacto, permitindo que William não se sentisse desprotegido. A garra de Slimani e a inteligência de João Mário - o médio português tem uns pés de veludo e um cérebro de génio.

O negativo: As desconcentrações pacenses custaram pontos. Um jogo em que cedo cairam na teia táctica de Jorge Jesus. Como se não bastasse, nunca conseguiram sair da mesma. Não se sentiu, em momento algum, que os castores fossem capazes de incomodar o adversário. O Paços que conhecemos e ao qual nos habituámos, sabe bater o pé, reinventar-se e reagir. Este só soube baixar os braços e render-se.

Tiago Carvalho

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