Porto - Marítimo: A ganhar é que a gente se entende

O Porto recebia o Marítimo sabendo que os rivais já tinham ganho. A pressão aumentava e a curiosidade em ver Peseiro pegar na equipa era gr...

O Porto recebia o Marítimo sabendo que os rivais já tinham ganho. A pressão aumentava e a curiosidade em ver Peseiro pegar na equipa era grande. Num jogo sempre morno, o Porto foi feliz: marcou, ganhou e segurou Benfica e Sporting, o que de melhor se pode tirar desta noite. Numa altura em que a instabilidade se apoderou do reino do Dragão, nada melhor do que baixar a poeira com a conquista de 3 pontos. Nelo Vingada regressou ao futebol português e viu o seu remodelado Marítimo empenhar-se na disputa pelos pontos num campo complicado. A estreia de dois novos treinadores mas já velhos conhecidos.

O jogo começou com o Maritimo a ter mais oportunidades e a colocar o Porto em sentido. Por sua vez, os Dragões tentavam fazer um jogo mais vertical mas sem grandes proveitos práticos. A falta de rotinas e a precipitação azul e branca fizeram com que os jogadores falhassem demasiados passes - bem mais do que os desejados - e acumulassem erros infantis e intoleráveis. Os insulares, de futebol agradável e positivo, procuraram jogar com uma defesa subida e decidiam apostar na armadilha do fora de jogo. Perante tal atitude, o Porto sentiu dificuldades em explorar a sua profundidade com sucesso. Todavia, o momento do jogo surge nos primeiros 45 minutos, quando Layun descobre e assiste André André que com um remate fortíssimo leva a bola a embater na barra e ressaltar nas costas de Salin, acabando por entrar na baliza maritimista. Um grande tiro do médio português que acabou por ter a involuntária contribuição de Salin.  A sorte de André André  contrastou com a infelicidade de Dyego Sousa, quando viu a barra da baliza de Casillas negar-lhe o golo. Posto isto, chegava-se ao intervalo com a sensação de que o resultado era injusto perante tamanho equilíbrio.

Foto: Lusa
No segundo tempo houve um ritmo mais baixo, onde o Porto tentou acabar com o jogo mas nunca conseguiu ter clarividência para tal. Contrastando, os últimos minutos foram mais acelerados, altura em que os insulares tentaram dar o tudo por tudo para chegarem aos pontos. Nas bancadas do Dragão a insegurança do resultado ia mantendo o interesse.

O final do jogo trouxe uma vitória dos azuis e brancos pela margem mínima, por força de um auto-golo de Salin. O Porto sobreviveu ao desacerto maritimista no seu último terço e carimbou uma vitória importante numa altura importantíssima. E no fim é isso que interessa...

Porto: Só tem a melhorar. José Peseiro herda a equipa e filosofia de Lopetegui, que ainda paira no relvado. Nota-se querer na mudança, mas medo na materialização das ideias. Um Porto preso de movimentos por tamanho nervosismo. Herrera esteve mal e Layun salvou os desastrosos momentos defensivos com o seu forte pendor ofensivo.

Marítimo: Houve um antes e um após Marega. Uma grande entrada, uma bela postura e um vender caro a derrota. Nelo Vingada passou as ideias mas ainda não teve tempo para as trabalhar, contudo, este Marítimo tem potencial para jogar um futebol agradável.

RC
Tiago Carvalho

You Might Also Like

0 comentários