Dortmund - Porto: Entrar a perder e sair vencido

A deslocação do Futebol Clube do Porto era extremamente difícil. E se o jogo já seria sempre complicado, pior ficou com a senda de ausência...

A deslocação do Futebol Clube do Porto era extremamente difícil. E se o jogo já seria sempre complicado, pior ficou com a senda de ausências portistas. Layun jogou a central, Varela a lateral direito, Marega foi chamado ao onze assim como Sergio Oliveira. Um Porto remendado mas super motivado por uma vitória importante na Luz. Todavia, logo aos 5 minutos de jogo, a defesa azul e branca adormeceu e Piszczek apareceu cara a cara com Casillas, batendo o espanhol à segunda. Um adormecimento colectivo que tornou a vida muito complicada. Daqui para a frente só deu Borússia mas o Porto teve, ao menos, capacidade para se levantar e não deixar espesinhar. Na segunda parte Martins Indi foi infeliz e traiu Casillas (já não é a primeira vez). O Porto sai de Dortmund em coma profundo mas não morto. Só uma noite à antiga pode tirá-lo deste sono profundo!

Foto: Reuters
O jogo era complicado mas tornou-se dificílimo com uma entrada a dormir dos Dragões. Na sequência de um canto à maneira curta, cruzamento de Mikhtaryan e surge Piszczek, com tempo para falhar e encostar na recarga. Daqui para a frente temeu-se o pior! Os dragões estavam remendados e o ambiente era atroz. Chegou-se a pensar na noite fatídica de Munique. Mas Peseiro acalmou a equipa e os jogadores acordaram. Com o passar do tempo souberam sacudir o sufoco e, apesar dos inúmeros erros, foram empurrando o jogo para longe da baliza de Casillas. A dificuldade portista em ter bola alimentava o ego dos amarelos. E lá timidamente Brahimi apareceu, Marega acreditou e Sergio Oliveira testou Burkl. Era pouco, muito pouco, mas um sinal de querer apagar o mau começo.

Na segunda parte, mais do mesmo: o Borussia a ser dono e senhor do jogo e da bola, com um Porto a tentar, com as armas que dispunha, discutir um jogo que não era seu. Mas o talento individual dos da casa é brutal. Jogada do japonês Kagawa abertura para o arménio Mikhtaryan cruzar e Martins Indi a confirmar o golo que Reus pretendia. Casillas, o estreante na Liga Europa (!) estava desolado com tamanha incapacidade azul e branca em fazer face aos acontecimentos. Era o fim do jogo e do Porto. 

Até ao fim, Suk tentou sem sucesso um golo vital e o poste da baliza de Casillas foi salvador. Um jogo com pouca história e glória para a equipa portuguesa. Um jogo que não acaba com o Porto mas dificulta e muito a passagem. Peseiro tentará reaver a sua equipa para conquistar uma vitória. Há que acreditar até ao fim! Que vai ser difícil, lá isso vai.

Positivo: 

  1. O ambiente em Dortmund! Uma das mais fantásticas uniões entre público e equipa. 
  2. O futebol da equipa da casa. Atraente rápido e bonito. 
  3. A qualidade individual do Dortmund. Reus, Aubameyang, Mikhtaryan e Kagawa, por exemplo.
  4. A tímida mas suficiente reacção portista ao golo sofrido. Souberam não tremer e evitaram males maiores.



Negativo:

  1. As baixas e a rotatividade dada por José Peseiro tiraram muito poder à equipa.
  2. Muitas ausências de valor. Danilo é peça chave neste Porto
  3. Os problemas defensivos. Quando Layun vai para central é porque algo não está bem
  4. Entrada completamente a dormir. Passividade total.
  5. Foi a estreia de Casillas na Liga Europa e o Porto não merecia ficar ligado nesta nódoa na sua carreira.



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