Benfica
Jonas
UEFA Champions League
Zenith
Benfica vs Zenit, 1-0 ganham os tugas!
23:24:00 O Benfica conquistou hoje uma vitória importantíssima na
primeira mão dos oitavos de final da champions que o leva a acalentar
esperanças de selar fora a passagem aos quartos de final da competição.
Num dia em que Lisboa
recebeu os russos com um frio em sua homenagem, esperava-se um jogo de
champions para aquecer a noite gelada, mas as circunstâncias e o respeito mútuo
não terão ajudado a um jogo de ataque. O Benfica entrou sem a confiança que tem
sido habitual, a derrota para o campeonato com o porto terá feito os pitons
assentarem melhor na relva e a equipa soube que hoje não podia ser tão
vertiginosa a atacar sob pena de ficar com a eliminatória comprometida. Já o
Zenit vindo de uma longa pausa de inverno enfrentava o seu primeiro jogo
oficial após a 2ª pré época, e o plano de AVB para o jogo foi de dar bola ao Benfica,
sempre espreitando a velocidade em condução de Hulk, Danny e Shatov, e tentando
provocar algum erro defensivo na saída de bola encarnada. Os russos com a
defesa recuada mas sempre compacta formavam uma barreira difícil de transpor a
um Benfica sem grande imaginação no último terço do terreno, onde Mitroglou foi
apagado por Garay e Lombaerts, e Jonas não conseguia ter bola em zona de
finalização, ainda assim foi do brasileiro a melhor oportunidade da primeira
metade com um remate traiçoeiro fora de área que Lodigin defendeu para canto.
Se Mitro ia sendo bem tapado pelos “russos” do outro lado eram Lindelof e
Jardel que abafavam o gigante Dzyuba, que raramente conseguiu ver-se em jogo.
No meio campo a
luta estava como o encontro empatado, à virilidade de Javi, Samaris respondia
com assertividade, enquanto Witsel e Renato tentavam ser os barómetros de cada
equipa mas sem conseguirem encontrar espaços para rasgar as defesas.
Finda a primeira
parte o homem mais activo em campo foi mesmo o arbitro, o italiano Gianluca
Rocchi ajuizou com tolerância zero e no final da primeira parte o Benfica já
tinha 3 amarelados, sendo que André Almeida e Jardel já sabiam ao intervalo que
a segunda mão para eles será na bancada.
A ida aos balneários não parece
ter sido uma vez mais boa conselheira para o Benfica, tal como no jogo com o
Porto viu a equipa visitante entrar melhor na segunda metade, e conseguir nos
primeiros minutos a sua única oportunidade em todo o jogo, uma progressão em
posse de Witsel com o remate a sair do pé direito do belga para defesa apertada
de Júlio César, valeu ter ressaltado para o lado de Eliseu que afastou o
perigo. Os russos sentiam-se mais confiantes, mas um lance de transição rápida do
Benfica que acabou por ser mal definido na recepção de Mitroglou foi o
suficiente para o Zenit ficar de pé atrás e continuar o plano inicial de
contenção. Se na primeira parte, Hulk, Danny e Shatov ainda tentavam uns
fogachos com a bola nos pés na segunda já não havia pernas e as bolas eram invariavelmente
ganhas pela defesa encarnada, faltava agora a injecção para o assalto à baliza
russa. Já com Jimenez no lugar de Mitroglou, Jonas e Gaitan desenharam a bola
de golo, o avançado brasileiro finalmente com espaço na área, leu bem a jogada
como é seu timbre e respondeu da melhor maneira a um cruzamento da esquerda de Jimenez
amortecendo para a entrada de Gaitan que com um pormenor delicioso tira Javi
Garcia do lance e desfere um remate na cara do golo, para boa intervenção de Lodigin.
Curioso ou talvez não terá sido o facto de neste lance com a ida esporádica da referência
ofensiva do SLB à linha, a dupla Garay-Lombaerts desfeche-se momentaneamente e
o argentino acompanhou Jimenez à linha permitindo que Jonas encontra-se espaço
até ai inexistente. Não foi golo, mas foi definitivamente o lance que empurrou
os russos para trás juntamente com a falta de frescura física. Vitória lançou
Carcela para carregar sobre o amarelado Criscito, mas o Benfica não conseguia desfeitear a recuada linha defensiva russa e o zero zero já parecia um empatado
interessante, até que aos 90’ Criscito tem entrada imprudente sob André Almeida
a meio do meio campo defensivo do Zenit, vê segundo amarelo e é expulso.
Empurrados pelos adeptos era o momento de acreditar no golo, e os protagonistas
justificaram o porquê dos seus nomes serem mais vezes repetidos.
Gaitan cruzou e Jonas decidiu, 1-0 estava feito o resultado final.
Vitória justa do
Benfica, que não demonstrou uma superioridade evidente sobre os Russos, que
foram inteligentes a jogar sabendo que não tinham o mesmo ritmo de jogo que os
portugueses. Talvez Villas Boas pense agora que podia ter sido mais audaz, o
resultado é perigoso para os seus homens e uma arma a ser bem gerida pelos
campeões nacionais.
Destaque
no Benfica para Lindelof que ao terceiro jogo consecutivo teve o seu melhor
desempenho, sem faltas desnecessárias, parecia tranquilo a jogar quando se
pensaria que tinha a pressão toda do seu lado. Como negativo a falta de jogo
sem bola do Benfica foi uma vez mais evidente, faltam rasgos que furem as
defesas quando em ataque organizado. Do Zenit, a estratégia de contenção pode
ser elogiada e compreendida mas ainda assim não deixa de ser criticável o parco
jogo de equipa que no ataque quando a bola não passa em Witsel mais ninguém parece
pensar o jogo, vivendo numa correria desenfreada até à baliza adversária. Finalizando o
Benfica conquista um excelente resultado e tem as portas abertas da eliminatória,
"bastará" para isso repetir um qualquer resultado conseguido até aqui nesta edição
da Champions League.
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