Mas saiu porque as coisas não estavam a correr tão bem quanto antes, porque o Valência, por ter dinheiro, achou-se no país das maravilhas; Porque no futebol a memória é curta e o lenço branco é imediato; Porque em Espanha, os adeptos só toleram quem lhes convém...

E Nuno lá saiu, sem queixas nem mágoas, com a sensação de que a tolerância ao seu trabalho era pouca e o seu talento era maior do que qualquer injustiça.

Ontem, na primeira mão das meias finais da Taça do Rei, o Valência de Gary Neville foi a Camp Nou... levar 7 ! Sim, foram 7...

E um jogo mau todos podem ter, não fosse...

Gary Neville ter perdido em casa com um aflito Sporting de Gijon, na jornada passada; O Valencia do inglês Neville ainda não ter qualquer vitória na Liga, somando 5 empates e 3 derrotas!

E a equipa não apresenta futebol digno da sua história recente, afunda-se na classificação e começa a pairar a sensação de que não há grande possibilidade de milagres imediatos.

E com tudo isto, os adeptos insultam os seus jogadores, manifestam o desagrado com o não futebol e envergonham-se do actual Valência. Mas... vão poupando Gary Neville, porque a tolerância fica sempre bem... (ironia da vida)

À noite, quando cada valenciano quis fechar os olhos para adormecer o seu pesadelo, um pensamento pairava:

Que saudades da atitude e do carácter da equipa de Nuno!

Antes da visita a Camp Nou, este era o espírito do Valência, amarguradamente relatado pelos nossos vizinhos:

 El Valencia teme que Gary Neville se convierta en la versión 2.0 de Nuno

Por favor, não comparem este Valência ao do Nuno! Obrigado.