Na solarenga tarde de Sábado, a bola voltou a rolar em Belém. Frente a frente a equipa mais portuguesa da liga (todos os jogadores são portugueses) frente à sempre perigosa equipa vilacondense. Com um Belenenses num momento mais avançado, uma vez que já participou na Liga Europa, previa-se um ritmo mais intenso por parte dos da casa, frente a um Rio Ave que ainda procura encaixar as suas peças.

Todavia, foram os forasteiros quem se adiantaram logo no marcador, corria o minuto 27 e Bressan aparece para encostar uma bola fácil que Ventura complicou. Aos 44 minutos, livre de Carlos Martins e aparece Gonçalo Brandão, de cabeça, ao segundo poste. Igualdade no marcador e uma segunda parte que prometia ser interessante. Os azuis do Restelo dominavam ligeiramente mas o Rio Ave tinha o mérito de saber equilibrar as operações.

Na segunda parte o espectáculo tornou-se fantástico. Aos 54 minutos de jogo o Belenenses adiantava-se no marcador. Golo de Rúben Pinto, de cabeça, após um canto em que Cássio não resolveu na totalidade. Festa azul e cambalhota no marcador. E pouco depois, aos 58`, penalti para os do Restelo e golo de Carlos Martins. 3-1 num início esmagador por parte dos da casa. Onde andava o Rio Ave...?

Até que aos 73 minutos, e na sequência de um auto golo do defesa Gonçalo Brandão, o Rio Ave reentra no jogo. 3-2 e ainda havia tempo para o coração vilacondense. Corria o minuto 81 quando o Rio Ave coloca uma bola rasa na área. Quando todos esperavam o chutão para a frente do defesa da casa, Guedes (qual João Pinto qual quê) antecipou-se e mergulhou para a bola, surpreendendo tudo e todos e recolocando o Rio Ave na senda dos pontos. 3-3, uma recuperação fantástica e uma incerteza no marcador digna de Premier League.

Nos 4 minutos de compensação, dois golos anulados, um a cada, por alegados foras de jogo...

Um regalo.

Os Belenenses: Ventura, Geraldes, Tonel, Gonçalo Brandão, Filipe Ferreira, Rúben Pinto, Carlos Martins, André Sousa, Sturgeon, Camará e Dálcio