O Sporting apresentou um novo 11 para segurar jogo: entrou Aquilani e saiu Slimani. Teo Gutierrez assumiu-se como a referência atacante da equipa. O CSKA jogava o mesmo e com os mesmos intervenientes. Uns primeiros 20 minutos de nível, com posse, circulação e serenidade dos portugueses. Os russos pretendiam jogar em profundidade e na velocidade das suas duas referências: Doumbia e Musa. Teo faz golo ao minuto 36 e o jogo muda, a eliminatória coloca-se ainda mais confortável para os leões, e os russos já não podiam ficar indiferentes. Antes disso, Doumbia tinha deixado um aviso a Rui Patrício. O intervalo chegou e uma vantagem muito interessante imperava. O relvado parecia o caminho para o céu Sportinguista.
Foto: Yuri Kochetkov/EPA |
Depois do merecido descanso, o CSKA pretendeu subir mais e jogar nas costas dos defesas (até dá sensação de não saber jogar de outro modo). Com 49 minutos de jogo, golo dos da casa. O empate e o reentrar na eliminatória. Uma entrada azarada do Sporting e Doumbia soube aproveitar. Uma mão que teve tanto de inocente quanto preciosa. Os leões sentiram o golo, o cansaço e o medo. Gelaram. Os russos, por seu lado, alimentaram a crença e as duas motas da frente, lançadas em velocidade, empataram a eliminatória aos 72 minutos. Doumbia a passe de Musa, pois claro. A defesa nunca conseguiu lidar bem com estes dois e os estragos eram notórios. Jesus berrou, gesticulou e puxou orelhas. A equipa deixava de pisar nuvens e sentia o chão a ferver. Quando já se jogavam os últimos 10 minutos, estatelaram-se no inferno. Slimani, acabado de entrar para o lugar do colombiano, ganha no ar e faz golo na sequência de um canto. Tudo simples, tudo fácil tudo decidido... não fosse o árbitro ter invalidado por alegada transposição da bola pela linha de fundo. As dúvidas, a frustração e a injustiça faziam-se notar. Mas o pior ainda estava para vir. As linhas tramaram o Sporting: a de fundo e a do seu (mau) posicionamento defensivo, uma vez que, logo de seguida, 85 minutos de jogo e golo de Musa, do CSKA. Uma cambalhota total na eliminatória, de quem teve o mérito de sempre acreditar, mesmo partindo detrás! Eis o inferno leonino na gélida capital russa...
Os leões saem da champions sem glória e sem dinheiro. Repete-se a cruel história de 2005 e o futuro não é tão rico quanto se pensava.
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