Paços Ferreira - Benfica: passo a passo rumo à vitória

A Mata Real é um campo tradicionalmente difícil, onde as suas dimensões, o futebol praticado pela equipa da casa e a pressão do resultado s...

A Mata Real é um campo tradicionalmente difícil, onde as suas dimensões, o futebol praticado pela equipa da casa e a pressão do resultado se unem e erguem barreiras muitas vezes intransponíveis. O Paços estava com um 11 cheio de dificuldades defensivas face às ausências e o Benfica não podia contar com a estrela da companhia: Gaitán. Mas por entre muita luta, lances disputados e momentos de pura técnica individual, os golos lá apareceram. Uma vitória da turma encarnada que soube chegar à vantagem antes do intervalo, cimentá-la no início do segundo tempo e geri-la enquanto estrangulava o seu adversário. Os dois homens da frente são letais. O Paços sentiu o golo e foi-se cansando, enquanto lutava pela vida. Diogo Jota foi o seu coração.

Fábio Poço/ Global Imagens
A equipa da casa deu boa conta de si e uma bela réplica aos argumentos apresentados pelos encarnados. Mitroglou abriu o marcador, Diogo Jota baralhou as contas (e que bem que joga este menino) e em cima dos primeiros 45`Jonas concretizou o penalti que ele próprio ganhou. Uma vantagem que transmitia confiança a um Benfica empurrado pelo entusiasmo dos seus adeptos.

No segundo tempo o Paços sentiu o conforto encarnado, acusou a fadiga de correr atrás do prejuízo e viu Lindelof, o jovem sueco, espetar a estocada final no seu coração. Era a estreia a marcar para o defesa central e o agarrar os 3 pontos que se esperavam difíceis. O Paços não desistiu e tentou sempre rumar contra os acontecimentos, com saídas rápidas pelas linhas e a procura do seu avançado referência: Bruno Moreira. Todavia, foi em vão, tudo em vão. O cansaço e a falta de discernimento entregaram-nos. E quando a esperança espreitava, Julio Cesar acabava por matar o mal pela raíz. Com o apito final a certeza: o Benfica regressou às vitórias na Liga e está na briga pela primeira posição. O Paços terá de erguer a cabeça e acreditar que, ao continuar a trabalhar como até aqui, os pontos continuarão a aparecer a um bom ritmo.

Positivo:

  1. A resposta encarnada ao deslize do último jogo para a Liga. O regresso às vitórias e aos golos,
  2. Lindelof foi eficiente e eficaz. Pede-se isso a um central de equipa grande mas surpreende ver um miúdo fazê-lo bem. Às vezes a capacidade e o talento estão dentro de portas.
  3. Carcela foi meio trapalhão mas meio decisivo também. Soube tabelar, aparecer nos espaços e fez inclusive uma assistência que levou Mitroglou e companhia às gargalhadas. Quando há confiança tudo sai bem,
  4. Mitroglou e Jonas: a dupla de ataque certa. Um movimenta-se e descobre tabelas e jogadas mortíferas (Jonas e o 1º golo) enquanto o outro sabe ler o lance e fica na zona da frieza à espera da bola para fazer o golo (Mitroglou). A ordem também se altera, mas o resultado é sempre o mesmo - o golo!
  5. Diogo Jota! Desculpem, mas este miúdo encanta-me e já não é de agora. A Gola já o tinha referenciado no post das maiores promessas da LigaNOS e o que é certo é que ontem ele foi o motor do remendado Paços. Enquanto houve Jota, houve emoção equilíbrio e Paços.
Negativo:
  1. A decisão que marcou de certa forma este jogo. Jonas, rodeado de adversários e de pernas, faz uso da sua experiência e dá um salto artístico que promove o contacto e induz em erro o árbitro. Num jogo com 4 lances de pedidos de grande penalidade (2 para cada lado), o juiz mandou jogar 3 (e bem) e errou em apenas 1: o do Jonas, aos 45, que daria golo e levaria o Benfica a ganhar para o intervalo.
  2. Os problemas defensivos do Paços: má articulação entre a defesa e o meio campo defensivo, que impossibilitava a equipa de sair rápido e com qualidade. Quando defendia, notava-se pouca organização. As baixas existem para todos, mas em plantéis de menor qualidade, uma razia tem sempre efeitos mais notados.




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