LigaNOS: Um futuro tão risonho!

Rúben Neves, Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Nelson Semedo, Gelson Martins, Matheus Pereira e André Silva são nomes suficientes para desper...

Rúben Neves, Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Nelson Semedo, Gelson Martins, Matheus Pereira e André Silva são nomes suficientes para despertar a curiosidade dos adeptos dos 3 grandes.

Mas, a prata da casa tem estado a luzir um pouco por toda a LigaNOS: Miguel Silva, Xande Silva, Nelson Monte, Diogo Jota, André Moreira, André Horta, João Palhinha e Iuri Medeiros são o futuro em português. Um futuro que promete ser risonho!

Hugo Delgado/ Lusa

Miguel Silva (Vitória Guimarães): É provavelmente a maior surpresa das redes portuguesas. Num clube em que o experiente Douglas reinava, chegou um miúdo cheio de alma e coração, com sangue na guelra e muito talento, um talento tão raro quanto precoce. Os jogos sucedem-se, as defesas vistosas somam-se, a confiança aumenta e os adeptos rendem-se. Ele é um garoto (fez 20 anos), é certo, mas defende como gente grande! 

André Moreira (União da Madeira): Vinha emprestado do Atlético de Madrid e procurava crescer na Madeira. Com uma tarefa difícil no primeiro escalão, o jovem (20 anos) André tem-se mostrado sereno o suficiente para transmitir confiança aos primodivisionários. Está no caminho da bola vezes sem conta, sem se preocupar com estilos, apenas com eficiência. O guarda-redes dos sub-20 portugueses demonstra que o futuro pode continuar a passar pelas suas mãos.

Nelson Semedo (Benfica): Veio do Sintrense para a Luz como uma pérola por lapidar. Com a mudança de paradigma no clube da águia, acabou por ser o escolhido por Rui Vitória para suceder a Maxi. Enquanto uns tremem, outros lutam por ser alguém. Nelson foi destes últimos, um rapaz audaz e destemido, pronto a conquistar a direita encarnada e todo o estádio da Luz! O seu início fulgurante levou-o à selecção nacional. Depois de uma operação cirúrgica ao joelho, e ainda com 22 anos, Nélson promete apresentar-se ao nível que nos conquistou.

Nelson Monte (Rio Ave): O jovem central de 20 anos chegou viu e venceu. Numa equipa de bom futebol, cimentada pelas ideias de um bom treinador, Pedro Martins, o miúdo dos sub-20 pegou de estaca e afirmou-se como um esteio na manobra defensiva dos vilacondenses. Forte nos duelos individuais, certinho e concentrado, despertou a atenção do Futebol Clube do Porto e acabou por quase ser adquirido neste mercado de Inverno. A ver vamos se o futuro continuará a ser de tantos e bons minutos!

João Palhinha (Moreirense): Emprestado pela turma de Alvalade, o jovem  de 20 anos, é um médio defensivo e assume-se como um poço de força e energia. Os duelos são verdadeiras batalhas, o posicionamento é muito interessante e a bola sai redonda. Um médio impetuoso e talentoso, que vai aproveitando cada jogo para crescer enquanto homem e atleta.


Fonte: abola

Renato Sanches (Benfica): A pérola encarnada que tem vindo a dinamizar a equipa. Há um Benfica antes e depois de Renato, indiscutivelmente. E ele tem apenas 18 anos! A bola passa sempre por si, a velocidade do jogo aumenta e a agressividade que o jogo ganha torna o Benfica sempre mais perto da vitória. Renato tem uma meia distância fortíssima e leva já 2 belos golos. Um talento que enche um (meio) campo!

Diogo Jota (Paços de Ferreira): O Paços tem um pequeno endiabrado, de 19 anos, que aparece com toda a naturalidade do mundo nas decisões. Tem garra, técnica e uma inteligência de jogo que lhe permite ganhar vantagem aos adversários. Os grandes estão de olho e o Benfica parece tê-lo debaixo da asa. Este ano, os seus 8 golos adoçam a boca aos tubarões.

Rúben Neves (Porto): Não há muito a dizer de um miúdo com visão de jogo, capacidade de passe e um carisma como ele tem. Aos 18 anos assume a braçadeira, encanta bancadas e desperta atenções pela Europa. Jogar na Champions, num clássico ou num outro jogo qualquer, é igual. O importante é cumprir com o que lhe foi pedido e ganhar, ajudando o seu Porto a vencer. Uma cultura táctica acima da média de um 6 moderno, sem físico mas muito cérebro. Recentemente tornou-se internacional português,

André Horta (Vitória Setúbal): Muito jovem - 19 anos - pequeno, irrequieto, corajoso e lutador. Tem talento, é notório, mas mais do que querer exibir os seus dotes, quer dar tudo o que tem em prol da equipa. Atitude rara num jovem que alcança tão cedo os grandes palcos. Com passado na Academia do Seixal, Horta acabou por encontrar o seu espaço num clube em que Quim Machado privilegia o ataque. Leva 2 golos, muita alegria e farta-se de crescer...

Gonçalo Guedes (Benfica): Gonçalo era uma estrelinha habituada a brilhar. Jogava em escalões acima, destacava-se, marcava golos e ficava sempre entre os momentos e heróis do jogo. Chegou lá acima pela mão do Professor Vitória, aproveitando a lesão de Sálvio e o pouco entrosamento de Carcela. Começou bem, com estatísticas interessantes e uma disponibilidade digna de registo. Um jogador preocupado com o colectivo, sempre à espreita de deixar a sua marca. A selecção foi alcançada e depois acabou por ir sentindo a responsabilidade do mundo dos adultos. Não é fácil ser regular quando se atinge um nível e expectativas tão altas. Ainda assim, o miúdo, com os seus 19 anos, vai evoluindo e mostrando que, para tão tenra idade, aparecer entre os melhores é um feito notável. Já leva 4 golos de águia ao peito.

Matheus Pereira (Sporting): Formado na academia de Alcochete, Matheus teve um período conturbado, em que um dos pés chegou a estar fora do seu habitat. Ainda assim, acabou por renovar, ficar e ser aposta de JJ. Não é um jogador que assume lugar no 11 (mas foi titular no clássico contra o Porto), os seus 19 anos exigem calma, e acaba por ter mais minutos nas outras competições, como a Liga Europa e Taça de Portugal (onde nas duas provas leva 5 golos). Ainda assim, do pouco que deixou, retira-se boa qualidade técnica. Tem talento, agora falta o trabalho diário, o tempo e a paciência.

                                   

Gelson Martins (Sporting): Um extremo que empolga o adepto, que o leva a levantar-se da cadeira em busca do golo. O seu ritmo é contagiante, é tudo em alta-rotação. Se é bem decidido e executado? Isso é outra história, que os 20 anos desculpam. Gelson é um abre latas, um talento puro que alia a velocidade à técnica e imprevisibilidade. Traz mais ao jogo, isso é inegável. JJ vê no jovem um talento imenso mas reconhece-lhe as lacunas inerentes. Foi estrela portuguesa na fase final em que os Sub 20 estiveram, na Nova Zelândia. Mereceu a oportunidade e tem lutado pela afirmação. Leva 2 golos na Liga e está num clube que lhe dá equilibrio e perspectivas de futuro. Agora cabe a Gelson não estagnar.

Iuri Medeiros (Moreirense): Não prima pela velocidade que imprime ao jogo, mas quando a bola lhe vai parar aos pés, a música é outra. Em moreira de cónegos encontrou um espaço para jogar e crescer, aprender com as derrotas e suar pelos colegas. Faz parte do crescimento competitivo. Com um pé esquerdo de fino retoque e remate fácil, o açoriano de 21 anos vai marcando (já leva 8 golos esta época) e assumindo-se como peça fundamental na difícil caminhada. O Sporting está atento ao seu pupilo.

Xande Silva (Vitória Guimarães): Com 18 anos, é um miúdo com muita vontade de lutar por um emblema de conquistadores. Ali nada é dado, tudo alcançado. Xande é forte nos arranques individuais, no desgaste defensivo do adversário e em zonas de finalização. Tem um jogo defensivo interessante e é um quebra cabeças para o comum defesa. O Vitória tem crescido muito com Sérgio Conceição e Xande tem sido aposta ganha. Guimarães agradece mais uma pérola, algo ao qual se vai habituando! Ali começa um grande futuro.

André Silva (Porto): Aos 20 anos, André Silva vai lentamente aparecendo na alta roda portista. Sendo recentemente lançado ainda por Lopetegui, o jovem avançado tem procurado aproveitar os minutos para materializar a sua fama. Na equipa B dos Dragões jogou, fez jogar e marcou golos a pontapés. É a sua imagem de marca, um avançado poderoso, dotado de elevada técnica e frio na hora do golo. Ainda assim, tem aquela característica típica dos atacantes portugueses: gosta de ter a bola, apoiar e ser móvel. Não que não tenha apetências para ser um finalizador, mas tem técnica e futebol a mais para ser apenas um mero homem de área. Talvez o tempo ajude a definir André Silva e a dar-lhe o lugar merecido num 11 portista. Tem feito história a pensar nisso. Um talento a não perder de vista.



Tiago Carvalho


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